sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Sou o Negan, mas não sou o vilão do TWD!



Apresento-lhes, Negan, meu coelho!
Ele foi achado pela minha mãe na escola onde ela trabalha. Era dia de comemoração do circo. Havia um mágico, de 3 anos. De repente, vê-se algo atrás da tenda: um coelho! E agora? De quem é? De onde veio? Como assim, um coelho? Por essa “mágica” ninguém esperava. 
Alguém o queria para comer, outra para por numa cunicultura. Até que, eu, distante, recebo uma mensagem da minha mãe, me comunicando sobre o ocorrido, sobre alguns destinos que o coelho tomaria e, fotos dele. Pronto, eu já o quis! E lá vem ele pra mim no domingo de páscoa.
Eu nunca havia tido um coelho, tão pouco sabia como cria-lo. Virei especialista em um dia.
Corri para achar comida, feno, mictório, pó de banho, casinha transporte, etc. Não foi fácil!
Com ótima saúde e pelo sedoso, logo se adaptou ao local que ele mesmo escolheu para dormir na minha casa: o banheiro. Sim, ele fica solto dentro banheiro, sendo esse, o local mais seguro para ele, pois não há tomadas e madeiras para serem roídas. Hoje, faz xixi no mictório e dorme na minha caixa de estoque. Até aqui, ele se mostra muito educado, mas...!
Costumo dizer, que, se você não tem paciência, jamais tenha um coelho. Eles não obedecem a comandos, não atendem por nomes, roem fios, chinelos e mobílias, arranham, mordiscam, não curtem colos. São geniosos e até quererem fazer xixi no local certo, farão em toda parte, litros. Só querem liberdade, roer, comer e que você passe suas mãos em seus pelos aveludados.
Toda vez que entro no banheiro, tem uma novidade. São caixas de sabonetes pelo chão, minha necessaire roída e aberta, pano de chão com fios repuxados, cesto de roupa suja, sem as roupas dentro e, ele com a cara mais inocente do mundo.
As pessoas dizem que o Negan não interage, eu diria que a forma de interagir é diferente dos outros animais. Quer melhor interação que, sentar na privada e um coelho entrar pela perna do short? 
Quando ouço: “não quero bichos porque vou sofrer quando eles morrerem”, tenho vontade de dizer: “então se isole de todos os seres, porque, pasme: todos vão morrer!”. 
Nunca consegui ignorar animais abandonados, não seria diferente com meu coelhinho lindo e fofinho. J

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Triagem da vida


Acredito que fé seja uma energia que todos possuímos, por vezes, uns mais que outros, de formas diferentes, de crenças diferentes, ou até mesmo achando que não crê. 
Acreditamos sempre em algo ou alguém. Somos todos ateus com os Deuses dos outros. 
Ter fé é ter confiança, otimismo, autoestima e perseverança. É elevar a energia quando ela se encontra abalada.
Em dias como os de hoje, onde obtemos facilmente informações e desinformações, seja pela tecnologia ou liberdade de expressão, está em alta e até mesmo, rentável mostrar pessimismo ao invés de empatia, se resignando ao primeiro negativismo que se vê.
Percebo um agouro travestido de heroísmo em parte das pessoas: a torcida para que muita coisa dê errado, justificando assim, suas profecias maléficas. Chamo isso de má fé, oportunismo e interesse próprio.
Em meio a essa desordem emocional, os princípios são testados o tempo todo, revelando as mazelas da vida, descortinando o que era falso, e assim se faz a triagem da vida.
Que possamos ter mais empatia e otimismo com a luta dos outros. Que possamos lutar juntos. Que a nossa fé seja contagiante! Namastê/amém?

sexta-feira, 31 de março de 2017

BarberGirl


Promessa é dívida, e cá estou a listar todo o lado bom de ser uma barbeira. 
De primeira, preciso dizer que adoro os homens, sua praticidade, as histórias, o riso alto, as conversas, a camaradagem, as piadas e, até a seriedade simpática de alguns.  E segundo que, é impressionante vê-los se conhecendo pela primeira vez e agirem como se já fossem amigos há tempos. Me identifico demais, assim como sei que algumas meninas também se identificam. Os sexos têm suas particularidades e exceções. 
Está aí uma desmistificação: eu, uma de muitas feministas (sem o fardo pejorativo, extremismo do movimento ou rótulo) reconhecendo o lado bom do masculino. Inclusive algumas meninas estão preferindo frequentar barbearias para fazer o undercut, sidecut (corte parcial com máquina), desenhos e cortes curtos estilizados. Já é tendência para as garotas mais descoladas, que curtem ambientes retrôs e amizades com meninos.
Muito legal saber que quando crianças, em sua maioria, eles têm medo (aversão, desconfiança ou cisma mesmo) da máquina de corte, mas quando adultos, até dormem na cadeira da barbearia. E por falar em crianças... Algumas me surpreendem. Escolhem o corte, ficam bem posicionados, trazem os pais para cortarem juntos, conversam sobre desenhos e tendências do mundo infantil; e eu, é claro, embarco no papo, porque também pertenço a este mundo kids. 
Aprendo tanto quanto ensino. Alguns sabem o que querem ao chegar, mas não achei que eu tivesse que ensiná-los a pentear o próprio cabelo, escolher por eles o corte ideal e indicar produtos básicos. Em contrapartida, os homens evoluíram e não se limitam mais em só cuidar do cabelo, mas também da barba, unhas, sobrancelhas e o que mais interessar.
É gratificante melhorar a autoestima do outro, e ver que ela se reflete em vários aspectos da vida, e saber que a higiene, saúde e bem estar estão tendo sua importância devida no meio masculino, esse é o lado mais interessante de lidar com a estética. Tudo com responsabilidade, biossegurança e assepsia que necessita o ambiente, porque não é só de decoração e cerveja que se sustenta uma boa barbearia, mas também de compromisso. Venham acrescentar nossas vidas, nem que sejam carecas e venham só pra papear e tomarem cerveja, amamos isso!

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Escanhoando


 Na minha vida profissional, sempre procurei exercer o que eu gosto. Nunca antes pensei em consequências ou impedimentos. Iniciei fazendo patologia clínica; puncionava bem, mas havia horários ruins e pacientes com medo de uma menina muito nova tocando em suas veias de ouro. Logo me desinteressei.

Eu era muito tímida, por isso fiz teatro e vídeo, para tentar relaxar e, quem sabe descobrir algum talento interno. Mas não fui bonita, engraçada, talentosa e efusiva o suficiente, daí, abandonei a coxia. 

De repente, sou secretária escolar e professora, administradora de cemitério, fotógrafa e, por aí vai. Em todas as situações enfrentei dificuldades por aparentar ser menor de idade. Nem estou reclamando, aprendi e me diverti, as situações não eram sempre ruins.

A novidade é ser barbeira e, enfrentar machistas que não querem mulher cortando seus cabelos. 
O primeiro indivíduo machista, por acaso é militar, ele comentou. Eu estava disponível para efetuar o corte, quando ele disse: “Você não me leve a mal, mas mulher não sabe cortar cabelo de homem, vou cortar com ele (Marcelo), mas não é preconceito, hein. Da próxima corto com você.“  Nunca mais voltou.
Um menino de aproximadamente 12 anos perguntou onde estava o barbeiro, eu disse que ele estava no horário de almoço e, que eu podia cortar seu cabelo. O menino preferiu esperar, o perguntei se não confiava em mim e, na sua sinceridade, respondeu que não. Apontou para o corte que queria fazer e eu disse que eu havia feito, então ele disse que da próxima vez cortaria comigo;  assim ele faz até hoje, corta comigo, porque gostou. Tenho a sensação de ter salvado uma jovem alma (risos).
A terceira criatura preconceituosa, foi recepcionada por mim, e disse: “você quem vai cortar o meu cabelo? Não, não, deixa pra lá”. Saiu tão rápido quanto um piscar de olhos, eu diria que foi quase uma fuga. 
Por outro lado, tenho muitos clientes que não abrem mão de serem atendidos por mim, principalmente os principezinhos. 
Ser mulher ainda é tabu, ainda mais quando você é uma mulher que não aceita limitações por causa do sexo. Fora as dificuldades que todos nós passamos em trabalharmos atendendo ao público variado, tudo vale a pena, tudo é experiência e história.
Aqui na barbearia, vai ter mulher barbeira, responsável e te orientando, sim. São todos bem vindos!
Em breve, postarei sobre o lado bom de ser barbeira.  :)


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