terça-feira, 26 de novembro de 2013

Nossas crianças, vítimas das nossas escolas.


Não é novidade para ninguém a defasagem da educação escolar no país. O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Está na nossa cara e no nosso passado quando crianças essa realidade. Isso sem citar o analfabetismo. Mas o que me chama mais a atenção é a educação infantil, na qual se lapida uma criança, se insere inicialmente o sabor da aprendizagem e onde os pais devem contar com a ajuda do educador para saber sobre o filho, sim; porque hoje em dia, se uma criança vive numa escola por 12 horas (horário integral), o educador a conhece melhor que os próprios pais.  Mas não é bem assim, alunos e professores  vivem juntos durante anos dentro da sala de aula, mas são estranhos uns para os outros, porque numa escola mal coordenada se fala muito sobre conteúdo didático e cronológico e se esquecem do conteúdo “sentimento”. Para agravar, esses pais não vão às reuniões, não têm tempo para ir à escola, e quando enfim vão, o educador diz decoradamente: “Seu filho está muito bem.” Cada aluno é um mundo a ser descoberto e explorado. Não existe uma frase universal para definir todos igualmente. Um descaso tanto da parte dos pais quanto da escola e no meio há uma criança com seu tempo desperdiçado. Quem a entenderá afinal? Essa criança pode ser portadora de uma síndrome, pode ser um gênio, pode ter problemas em se relacionar, e tudo isso pode ser descoberto tarde demais. Precisamos estar atentos, buscar informações, conhecer bem a escola e seus docentes.

Conheci profissionais bons e ruins propriamente ditos, porém, os ruins não se restrigem apenas aos professores, por trás existe coordenação, direção e pais. Por motivo de comodidade alguns pais são cúmplices do descaso nas escolas. Se você sabe de irregularidades, maus tratos e mentiras numa escola, denuncie! Ser cúmplice te torna tão covarde e mau quanto a quem faz o ato de maldade. Eu sei do que estou falando. Não se iguale, jamais.

Vocês, pais, não abandonem seus filhos, é o futuro deles em jogo. Profissionais da educação, embora seu salário e condições atuais não sejam justos, nossas crianças não são as culpadas.