quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A necessidade de aprovações

 'Pôr do Sol em Montmajour' Último quadro de Van Gogh.

Se pudermos parar para observar com atenção, veremos que algumas atitudes nossas só são feitas para a aprovação do outro. Temos uma necessidade de saber o que os outros estão achando a partir do que se foi mostrado ou exibido.

Já ouvi muita gente dizer: “Não ligo para o que os outros pensam de mim.” Vamos lá...

A estrutura de toda a nossa vida é essa que nos foi ensinada: a menos que exista um reconhecimento, nós somos ninguém. É uma armadilha social na qual caímos e não conseguimos sair. Mesmo que sejamos capazes, temos que fazer provas na escola e concurso público para prosseguir . Não basta sermos capazes, temos que provar isso.

Vincent Van Gogh, foi um dos poucos que não caíram nessa armadilha. Viveu como um mendigo, mas não deixava de pintar seus quadros porque era seu prazer e ninguém reconhecia seu trabalho, mas ainda assim ele os fez. Cometeu suicídio não por desespero, mas porque já havia encerrado seu desejo e trabalho de pintar. Ele definitivamente não se preocupou com o reconhecimento.

Querem nos dar medalhas, premiações, prêmio Nobel. E queremos receber. E por que não fazer algo de nossa própria vontade, sem querer reconhecimentos alheios?
Se ajudamos alguém, deve ser por amor, se quer algo em troca ou reconhecimento é porque o fez por interesse pessoal.
Se quer parecer jovem, contente-se com o que você acha parecer, sem cobrar elogio do outro ou o desespero de provar para mundo que não está velho (embora a velhice em minha opinião, seja bela e sua negação um preconceito). 
Se temos uma profissão devemos faze-la por prazer e não para ostentar, se aproveitar ou querer elogios sobre sua função.


É natural que aplausos e elogios nos motive a irmos longe, mas a dependência de aprovação da sociedade pode ser doentia. Não induza, se o elogio vier, aceite-o com humildade, se não vier, não o peça, não se importe pois você sabe o valor que possui.