Não é novidade para ninguém a defasagem da educação escolar
no país. O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados
(PISA). Está na nossa cara e no nosso passado quando crianças essa realidade. Isso
sem citar o analfabetismo. Mas o que me chama mais a atenção é a educação
infantil, na qual se lapida uma criança, se insere inicialmente o sabor da
aprendizagem e onde os pais devem contar com a ajuda do educador para saber sobre
o filho, sim; porque hoje em dia, se uma
criança vive numa escola por 12 horas (horário integral), o educador a conhece
melhor que os próprios pais. Mas
não é bem assim, alunos e professores vivem juntos durante anos dentro da sala de
aula, mas são estranhos uns para os outros, porque numa escola mal coordenada
se fala muito sobre conteúdo didático e cronológico e se esquecem do conteúdo
“sentimento”. Para agravar, esses pais não vão às reuniões, não têm tempo
para ir à escola, e quando enfim vão, o educador diz decoradamente: “Seu filho
está muito bem.” Cada aluno é um mundo a ser descoberto
e explorado. Não existe uma frase universal para definir todos igualmente. Um
descaso tanto da parte dos pais quanto da escola e no meio há uma criança com
seu tempo desperdiçado. Quem a entenderá afinal? Essa criança pode ser
portadora de uma síndrome, pode ser um gênio, pode ter problemas em se relacionar,
e tudo isso pode ser descoberto tarde demais. Precisamos estar atentos, buscar
informações, conhecer bem a escola e seus docentes.
Conheci profissionais bons e ruins propriamente ditos,
porém, os ruins não se restrigem apenas aos professores, por trás existe
coordenação, direção e pais. Por motivo de comodidade alguns pais são cúmplices
do descaso nas escolas. Se você sabe de irregularidades, maus tratos e mentiras
numa escola, denuncie! Ser cúmplice te torna tão covarde e mau quanto a quem
faz o ato de maldade. Eu sei do que estou falando. Não se iguale, jamais.
Vocês, pais, não abandonem seus filhos, é o futuro deles em
jogo. Profissionais da educação, embora seu salário e condições atuais não sejam
justos, nossas crianças não são as culpadas.