quarta-feira, 27 de maio de 2015

O ódio é cordial


Ao ler casos de serial Killers, psicopatas e homicidas dos anos 60, percebe-se que matar, nunca foi exclusividade do Brasil e muito menos questão de atualidade.
Por volta do ano de 1800, existiram casos absurdos como os de Mary Ann Cotton, inglesa que matou mais de 20 pessoas, incluindo seus próprios filhos, com arsênio. É a assassina serial mais conhecida de todos os tempos. Matou três maridos, um amante e diversas crianças para obter dinheiro do seguro. Foi enforcada em 24 de março de 1873 e o caso de Jack, o estripador, responsável pelo assassinato de prostitutas na área de Whitechapel, durante o ano de 1888, em Londres. 
Nem sei se devo relembrar o tempo da inquisição, escravidão, Tiradentes e Lampião. 

Desde que existe mundo, existe a violência (vide história). A mídia sim, é coisa nova. 
Hoje temos uma enorme gama de informações e liberdade de expressão, ou seja, lemos e escrevemos absolutamente qualquer coisa, isso inclui difamação, mentiras, crenças e boatos, mas tanta informação agora e, a restrita de antigamente, nos fazem ter a impressão de que o índice de violência atualmente é maior, mas ele apenas oscila.

Do que adianta esbravejar palavras de intolerância sobre a própria casa agora? Se o Brasil é o pior País para se viver, por que procriar nele? Por que permanecer nele? Fora do Brasil não existe paraíso, tanto sabemos que, permanecemos.
É possível direcionar as energias de ódio para melhorarmos como patriotas, como pessoas, se quisermos.

Já vi muita gente de classe social humilde, porém, não miserável, com casa alugada ou comprada, com emprego e família, se comparando com um menor, negro, morador da favela onde só tem UPP e tratando a comparação pela internet do Iphone. Alegam que são pobres e nem por isso viraram bandidos. Um clichê analógico simplista para uma situação social tão complexa. 
É como eu já disse, não é questão de meritocracia, partimos de pontos diferentes na vida, uns mais a frente (ou bem mais a frente) que outros. Sejamos mais realistas e gratos. Se hoje temos dignidade, foi por mérito, mas também, por oportunidade e orientação. Me pergunto porque essas pessoas que tem a fórmula do sucesso, ainda não resolveram o problema do País. Me pergunto também qual a vantagem de se imitar estratégias fracassadas de outros Países (Essa já é uma questão para longos debates).

A verdade por trás das tragédias podem derivar de outras tragédias: preconceito, diferencia social, racismo, falta de oportunidade, discriminação, etc; Como um ciclo de ódio vivido por séculos e, que me faz lembrar de frases em alta, porém, bem antigas, dos grupos radicais da internet: “Ta com pena? leva pra casa”, “Bandido bom, é bandido morto”, “queria ver se fosse com você”, “tem que matar” e “se pode votar, casar e fazer filho, já pode ser preso”. E apesar disso, poucos sabem, ou ignoram sua parcela de culpa nesta situação. Se isentar, sentar num computador e invocar o Hater que existe dentro de você, fica fácil para quem aponta tanto.

“Somos um povo tão religioso e cristão, mas que ignora intencionalmente diversos ensinamentos de Jesus Cristo. Não amamos ao nosso inimigo, não damos a outra face, não deixamos de apedrejar os pecadores. Esquecemos que a ira é um dos sete pecados capitais. Gostamos de ficar presos na fantasia de que vivemos numa ilha de gente de bem cercada de violência e barbárie e que a única solução para nossos problemas é exterminar todos os outros que nos cercam e nos amedrontam. Mas quando tudo for só pó e solidão, quem iremos culpar pelo ódio que ainda carregaremos dentro de nós?”
Fonte: http://www.gluckproject.com.br/a-historia-do-odio-no-brasil/



Recomendo este vídeo da palestra com o Historiador Leandro Karnal - O Ódio no Brasil - CPFL Cultura





segunda-feira, 4 de maio de 2015

O 15º debute.

Niterói, 2014.

Comemorei a idade que nem eu mesma acredito ter. Chegou a hora de pagar as contas da vida e, se ajustar porque vem aí a desaceleração do metabolismo, perda de tecido ósseo e muscular, dores nas costas, etc. Mas e daí? Comecei a corrida contra o tempo e posso me tornar mais interessante por isso. Já dizia Honoré de Balzac: "Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido." 

Aos 20 me diziam que quando tivesse 30 eu não ouviria mais rock, que rock é uma onda passageira, que eu teria aos 30, vontade de ter filhos, não usaria mais roupas infantis e obscuras e, que eu seria ótima bióloga. Pois hoje tenho 30 e o que mudou foram os presságios alheios. Pode ser que algo se concretize, nunca se sabe, mas que seja aos 40. Nunca tive pressa, agora então... ZzZzZz.

O que sempre foi presságio e cada vez se torna mais evidente, é como algumas pessoas me definem (não sei se pejorativamente) ser “do contra”. Ser do contra é oposto dos personagens “Maria vai com as outras”, “em cima do muro” e “sem sal”, do tipo que é eliminado rapidamente de Reality shows. Oposto dos sem opiniões, mornos e normóticos. Então, aos 30, aprendi que, ser do contra em dias atuais, é um baita elogio, quase um Nobel. Me relaciono melhor com pessoas semelhantes, admiro nos outros o que tenho em mim: opinião própria! 
Do que vale as frases prontas, o compartilhamento de textos que não são seus, a identificação completa e fazer de outras palavras, as suas?
Entendo que todos devem ser respeitados em sua esfera comunicativa, ou na sua falta de comunicação e é por esse motivo que me relaciono sem questionar, é como dizem: cada um no seu quadrado. E entendo também que meu “quadrado” é mais suscetível a criticas, construtivas e depreciativas. Estou mais exposta, sem medo, dando a cara à tapa, e isso pode incomodar. 
Realmente deve ser difícil compreender alguém que não mantém opinião padronizada. 
Hoje aos 30 anos quero continuar a ser o que sempre fui, fazendo quem gosta de mim, gostar ainda mais. Sem carência, sem querer agradar por interesse, sem ambição, sem muitas coisas.
Sei quem sou, me orgulho disso, e há quem goste!
E assim, lá se vão 29 anos de muitas decisões, marras, pirralices e amor!

Adorei a comemoração de véspera junto com amigos, muitos amigos. Namorado como DJ e baterista, meus xodós das bandas e toda alegria que envolveu a noite. No dia, só a família, que é grande, mas coube todos em casa.
Sou grata a tudo e todos que fizeram/fazem parte desse mundo Binha.
Let’s go!