domingo, 26 de outubro de 2014

Sufrágio universal


Nunca fui tão ligada à política, pois o que chamam de democracia, chamo de obrigação, e nem tudo o que é obrigação te satisfaz, mas a praticamos desde criança quando elegemos o líder da brincadeira na rua e o representante da turma na escola. Sempre mantive discernimento para saber qual escolha seria menos pior e no que ela poderia melhorar, acredito que seja assim com todos. Claro que existe quem queira cuidar dos próprios interesses e não do coletivo, são minorias. 
Numa discussão sadia uma pessoa me perguntou: "Você sabe que o mundo evolui, independente do que ocorra no Brasil. Sendo assim, conseguiria separar o que evolui por ação do governo e o que avança, mesmo se o governo não quiser? O país evolui, mas a que preço? Poderia estar mais lá na frente, avançando mais rápido?". Foi até então a pergunta mais esclarecedora das que já vi. E chegamos à conclusão de que, qualquer evolução depende muito mais do povo, se não fizerem por nós, façamos nós  mesmos, e bem feito. Se acreditamos nas propostas do (a) eleito (a) , somos nós, os que elegemos, é que temos que cobrar, como aconteceu com o 'gigante'. Mas além da conversa em torno das perguntas, questionei a mentalidade das pessoas, o quanto estão acostumadas a esperar pelo governo e quanto o culpa por absolutamente tudo. E outra, quanto tempo levaria para uma considerável mudança, a mudança que almejamos? 
Para o país dar o salto de qualidade que a gente quer depende muito mais de nós, da iniciativa privada, do que do Governo. O Governo é instrumento de elevação da qualidade da nossa educação, mas se ele falha, temos que dar nosso jeito. Se não acreditarmos que existe no mundo e aqui dentro um grande complô para impedir a nossa felicidade, já teremos caminhado bem. 
Nessas eleições, vi gente chamado o outro de burro, povinho, maldosos, sem noção, terroristas, entre outras palavras ofensivas, algumas dessas pessoas que ofendiam, são até mesmo religiosas. Dessa forma o Brasil caminhará para o lado errado, alimentando preconceitos. Foi triste, mas revelava quem venceria. Sejamos Unidos, nossa luta não deve ser entre nós. Agora é arregaçar as mangas e começar as cobranças e as mudanças da mentalidade do nosso País, Pátria amada, Brasil!


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Efêmera vida

Foto: Déborah Rodrigues

Curta, dura, enigmática, surpreendente e ruim... Assim é a vida. Já começa com a certeza que haverá fim. Então porque ela se inicia? Seria a vida um castigo dos Deuses aos Seres Humanos? Ela é o inferno no qual lutamos diariamente para amenizar sofrimentos, e conseguimos. É uma linha do tempo podre onde interferimos com pontos de felicidades, assim como fazer um casaco de lã. É procurar insistentemente razões para viver. É brincar com o lúdico.
Saber que na linha do tempo passarão vidas, tristezas, felicidades e a certeza da saudade, torna previsível o dia a dia, até que o imprevisto acontece, haverá sempre algo inesperado para acontecer que mudará o percurso.

Somos fantoches em um teatro improvisado, tem que se virar, atuar e jogar.

Acredito que, mesmo dizendo-se felizes, as pessoas mentem. Ser feliz é um sentimento egoísta com quem não teve a mesma sorte. É como ter cama pra dormir, se sentir feliz por isso e ignorar o outro que não tem onde deitar-se. 
Na distração podemos ser felizes, em alguns momentos esquecemos a infelicidade do outro. Sendo assim, não somos felizes, estamos felizes. Sorte dos egoístas de poderem enganar a vida, de por vendas em si e nos outros.

Não sendo 100% feliz, a vida não se torna 100% perpétua. Está justo.

Este texto será assim, tão breve quanto a acepção temática.

"A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal."
- Machado de Assis in: "Iaiá Garcia", capítulo III