Niterói, 2014.
Comemorei a idade que nem eu mesma acredito ter. Chegou a hora
de pagar as contas da vida e, se ajustar porque vem aí a desaceleração do
metabolismo, perda de tecido ósseo e muscular, dores nas costas, etc. Mas e
daí? Comecei a corrida contra o tempo e posso me tornar mais interessante por
isso. Já dizia Honoré de Balzac: "Uma mulher de trinta anos tem atrativos
irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos
instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o
vestido."
Aos 20 me diziam que quando tivesse 30 eu não ouviria mais rock, que rock é uma
onda passageira, que eu teria aos 30, vontade de ter filhos, não usaria mais
roupas infantis e obscuras e, que eu seria ótima bióloga. Pois hoje tenho 30 e
o que mudou foram os presságios alheios. Pode ser que algo se concretize, nunca
se sabe, mas que seja aos 40. Nunca tive pressa, agora então... ZzZzZz.
O que sempre foi presságio e cada vez se torna mais evidente, é como algumas
pessoas me definem (não sei se pejorativamente) ser “do contra”. Ser do contra é
oposto dos personagens “Maria vai com as outras”, “em cima do muro” e “sem
sal”, do tipo que é eliminado rapidamente de Reality shows. Oposto dos sem
opiniões, mornos e normóticos. Então, aos 30, aprendi que, ser do contra em dias
atuais, é um baita elogio, quase um Nobel. Me relaciono melhor com pessoas
semelhantes, admiro nos outros o que tenho em mim: opinião própria!
Do que vale as frases prontas, o compartilhamento de textos que não são seus, a
identificação completa e fazer de outras palavras, as suas?
Entendo que todos devem ser respeitados em sua esfera comunicativa, ou na sua
falta de comunicação e é por esse motivo que me relaciono sem questionar, é
como dizem: cada um no seu quadrado. E entendo também que meu “quadrado” é mais
suscetível a criticas, construtivas e depreciativas. Estou mais exposta, sem
medo, dando a cara à tapa, e isso pode incomodar.
Realmente deve ser difícil compreender alguém que não mantém opinião
padronizada.
Hoje aos 30 anos quero continuar a ser o que sempre fui, fazendo quem gosta de
mim, gostar ainda mais. Sem carência, sem querer agradar por interesse, sem
ambição, sem muitas coisas.
Sei quem sou, me orgulho disso, e há quem goste!
E assim, lá se vão 29 anos de muitas decisões, marras, pirralices e amor!
Adorei a comemoração de véspera junto com amigos, muitos amigos. Namorado como
DJ e baterista, meus xodós das bandas e toda alegria que envolveu a noite. No
dia, só a família, que é grande, mas coube todos em casa.
Sou grata a tudo e todos que fizeram/fazem parte desse mundo Binha.
Let’s go!
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